quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Preconceito

Bem, eu não posso dizer que eu tenho "amigos", meus amigos para mim são mais uma gangue russa, uma família, meu bando, meu lar, minha vida. Minha melhor amiga, linda e supercabeça (ñ vou mencionar nomes) é bissexual. A pergunta : e daí? Vou chegar ao assunto. Meu outro amigo, um não tão próximo era extremamente doce, carinhoso, gentil, simpático, e lindo, realmente era lindo. Qualquer garota gostava dele, ele tinha as melhores notas da escola, e assim vai, ele era perfeito até demais. O seguinte, como na minha escola eu faço ensino médio de manhã e profissional em administração à noite, e ele faz um curso lá tb a noite, eu o vi, mas ele estava totalmente diferente. Ele usava lápis no olho, uma calça agarradinha e all star. ok, ok nem preciso dizer nada, certo? Eu fiquei chocada com isso e um dia eu o vi e ele teve uma conversa séria comigo. Disse que estava cansado e que preferia sair do armário. Eu o abracei e disse que eu o adorava de montão e que essa era a melhor coisa a fazer. Então eu comecei a comparar meus amigos, e fiz um comentário desse com meu namorado (ex-namorado agora). Fiz um comentário com outros amigos, em defesa dos gays e o que a maioria deles disse: Você é também? Não, caros, eu não sou! Eu devia ser apenas porque eu sou a única (isso mesmo a ÚNICA) desta maldita roça que não tem nada contra isso? Isso me irrita, claro que nas cidades grandes há tb preconceito, mas pelo menos um preconceito menos fútil. Bem no curso de administração o professor de ética e cidadania administrativa entrou nesse contexto, ele pediu um trabalho sobre "A Homoafetividade no Mercado de Trabalho". P*$##*#$&%, isso não é para todos, mas as pessoas eram preconceituosas não preconceituosas, como as pessoas comuns, elas eram como Hitler ou pior. Realmente mais uma vez não era para todos, mas os que eram, eram até o último fio dos cabelos. Tipo, houve uma hora que eu virei para o professor e falei: "Posso ir para a fora da sala?" Ele ficou meio encabulado com isso mas eu respondi "Antes que eu mande alguém ir para a *&¨%$#"
Ele deixou e eu fiquei lá por um tempo. Depois cheguei em casa afoguei a cara no travesseiro de tanto chorar. Acordei cedo, tomei um banho de água gelada e fui para a escola com os olhos fundos. Realmente isso mudou minha vida. Olhei ao redor e só via pessoas fúteis, e parei para pensar que eu era mais fútil ainda por me importar com as pessoas fúteis. Comecei a ignorar as pessoas fúteis, selecionar os que eram bons dos que não eram. Aceito as pessoas com seus defeitos e qualidades. Tenho amigos drogados, prostitutas, adúlteros, ladrões, e de vários outros tipos que se eu falar é capaz da polícia me chamar para um interrogatório. Aceito qualquer pessoa no meu coração. Aceito qualquer defeito de qualquer pessoa, ora, todos nós pecamos.

Exceto um defeito: O preconceito.


POR FAVOR, AS MEMÓRIAS RELATADAS AQUI NÃO SÃO PARA TODOS, OK? NÃO GOSTO DE GENERALIZAR, HÁ SIM PESSOAS MARAVILHOSAS QUE NÃO POSSUEM PRECONCEITO ALGUM!

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